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TUCCA oferecerá gratuitamente diagnóstico mais eficaz do meduloblastoma, o tumor do Sistema Nervoso

A TUCCA – Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer implantará um Centro de Revisão Diagnóstica do meduloblastoma, o tumor do SNC mais comum na infância. A iniciativa de autoria do oncologista pediátrico Sidnei Epelman e do patologista cirúrgico Raphael Salles, será levada a cabo em parceria com o Departamento de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa Marcelina e terá apoio científico da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE).

O objetivo é tornar o diagnóstico mais preciso e melhorar o tratamento desse tipo de câncer em crianças e adolescentes por meio da combinação de farmacologia molecular, neurogenética e biologia celular, aumentando os índices de cura. A TUCCA será a primeira ONG do Brasil a oferecer esse tipo de diagnóstico sem custo ao paciente.

O meduloblastoma é um tumor que origina-se no cerebelo, área do sistema nervoso central responsável por coordenar funções motoras como correr, caminhar e pular. Ele corresponde respectivamente a 16% dos casos de câncer no cérebro e 40% dos tumores cerebelares na infância. Seu pico de incidência se dá dos 4 aos 10 anos de idade. O paciente pode apresentar dores na cabeça ou nuca, instabilidade no andar e vômito. No Brasil, são registrados cerca de 500 novos casos anualmente.

O Centro de Revisão Diagnóstica da TUCCA visa estabelecer protocolos diagnósticos e a validação clínica de uma classificação científica recente do meduloblastoma que, por meio da análise molecular das células tumorais, o subdivide em quatro grupos — Wnt, SHH, grupo 3 e grupo 4. Dessa forma, os pacientes são alocados em uma das quatro categorias, o que possibilita a definição de estratégias clínicas e terapêuticas mais aperfeiçoadas além do desenvolvimento de opções de tratamento que agem diretamente no câncer, as chamadas terapias alvo. Ou seja, diferentemente das drogas e outros métodos tradicionais, essa forma de terapia atua somente no tumor, poupando as áreas saudáveis do corpo. Em outras palavras, trata-se de uma opção menos tóxica.

O Centro, já em fase de implantação, também permitirá obter um melhor entendimento e classificação da biologia molecular do meduloblastoma e de outros tumores cerebrais além de ampliar o conhecimento e o manejo das sequelas agudas e tardias próprias do tratamento desse câncer.

Autores

Dr. Sidnei Epelman Oncologista Pediatra Fellow: MD Anderson Cancer Center Visiting Scientist: National Cancer Institute Diretor do Departamento de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa Marcelina Coordenador do Grupo Cooperativo Brasileiro para Tratamento dos Tumores Cerebrais - Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica Presidente do INCTR Branch América Latina – Associação Internacional para Tratamento e Pesquisa do Câncer www.inctr.org Presidente da TUCCA Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (www.tucca.org.br). Membro do International Affairs Committee da ASCO American Society Clinical Oncology Autor de diversos artigos científicos publicados nos mais renomados periódicos médico-científicos mundiais.

Dr. Raphael Salles Scortegagna de Medeiros Patologista cirúrgico com ênfase em Neuropatologia, Hematopatologia, Imunoistoquímica e Métodos Moleculares. Possui graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Residência médica em Anatomia Patológica pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Título de Especialista em Patologia pela Sociedade Brasileira de Patologia e Associação Médica Brasileira. Realizou estágio no serviço de Neuropatologia e Patologia Molecular pelo Departamento de Patologia da Universidade de Virginia, em Charlotesville, EUA e programa de treinamento internacional pela Escola de Medicina da Universidade de Harvard, Boston, EUA. Médico patologista responsável "ad interim" pelo serviço de neuropatologia do Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo e coordenador da disciplina de Patologia do curso de pós-graduação “ lato sensu” de Neuro-Oncologia do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês. Trabalhou nos mais importantes laboratórios do país, como DASA e Grupo Fleury e, atualmente, no Hospital Sírio-Libanês.

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