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Novidade na hora de armazenar células-trono do cordão umbilical

Um estudo mostra a vantagem de armazenar células-tronco do tecido do cordão umbilical, e não somente as do sangue do cordão no momento do parto. A vantagem é que a coleta também pode ser feita a partir da polpa do dente de leite

Já faz alguns anos que armazenar células-tronco do cordão umbilical do recém-nascido deixou de ser novidade. Entretanto, uma descoberta recente feita por três biólogos da USP (Universidade de São Paulo) vem chamando a atenção sobre o armazenamento de células-tronco, que é feito atualmente retirando-se sangue do cordão umbilical.

Sob orientação da geneticista Mayana Zatz, chegou-se à conclusão de que o tecido do cordão umbilical é uma fonte muito mais rica em células-tronco mesenquimais (encontradas no tecido do cordão), quando comparadas com o sangue de cordão, mas vinha sendo descartado pelos bancos ao coletarem somente o sangue.

“Os pais ainda têm pouca informação sobre o assunto e acabam acreditando que vale a pena guardar as células-tronco encontradas somente no sangue”, disse Mariane Secco, uma das pesquisadoras responsáveis pela descoberta científica.

Com a publicação do estudo e a grande repercussão, os três jovens biólogos criaram a StemCorp, uma empresa especializada na coleta e armazenamento de células-tronco mesenquimais.

Por que armazenar?

As células-tronco encontradas no nosso corpo envelhecem como qualquer outra célula e com o passar do tempo vai perdendo seu potencial de multiplicação e de originar novas células e tecidos. Além disso, no nosso corpo elas estão sujeitas a mutações no DNA, agentes químicos, tóxicos e infecciosos, por exemplo. No momento do parto, são mais jovens e quanto antes um indivíduo adulto armazenar, melhor.

Seu filho já está crescidinho?

E para os pais que perderam a oportunidade de armazenar as células-tronco do sangue do cordão umbilical, há outra possibilidade: armazenar as células-tronco mesenquimais no processo de troca de dentes de leite pela dentição permanente.

“A coleta a partir da polpa de dente de leite é simples e permite aos pais que façam aquilo que seguramente queriam ter feito no momento do parto: armazenar as células-tronco mesenquimais mais jovens possíveis”, explica a diretora do StemCorp, Dra. Mariane Secco.

Para a coleta das células-tronco mesenquimais na troca da dentição, a StemCorp fornece um kit aos pais. Basta colocar o dente no pote indicado, assim que ele for extraído, em casa mesmo, como acontece normalmente, e enviar ao laboratório.

“Quanto mais jovens a célula-tronco mesenquimal, melhor. E com a criopresevação (o congelamento a baixas temperaturas) ela se mantém com a mesma idade em que foi coletada”, esclarece Dra. Mariane Secco. Esse material poderá ser ser usado no futuro e, o que é mais importante, existe a possibilidade de expansão (multiplicação em laboratório), sem perda de características e propriedades. “A tecnologia e o conhecimento científico para a expansão de células-tronco mesenquimais não é simples, requer laboratórios de alto padrão e profissionais de ponta, mas permite o uso em mais situações”, explica a pesquisadora.

Atualmente não se recomenda armazenar as células-tronco do sangue do cordão para uso próprio, ou seja, em bancos particulares. Por outro lado, pesquisadores ao redor do mundo têm demonstrado o potencial das células-tronco do tecido do cordão para tratamento de inúmeras doenças degenerativas e imunológicas, e até mesmo para situações corriqueiras, como uma queimadura, fratura óssea ou até mesmo um problema na cartilagem do joelho.

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