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Sétima doença mais incapacitante do mundo tem nas células-tronco uma esperança de cura

Pesquisadores brasileiros participam de estudo na Europa sobre tratamento de osteoartrite de joelho, forma mais comum de artrite

A osteoartrite de joelho, a forma mais comum de artrite, é um dos problemas mais presentes na população adulta. A doença não tem cura e afeta a vida do paciente, pois pode restringir as atividades diárias mais comuns. Mas a realidade está mudando aos poucos, graças a uma pesquisa realizada pela Universidade Nacional da Irlanda, na Europa, onde indivíduos adultos passaram por tratamento da doença com o uso de células-tronco e os resultados foram bastante positivos.

Só na Europa, mais de 70 milhões de cidadãos possuem a osteoartrite de joelho. Ela é considerada a sétima doença que mais incapacita pessoas ao redor do mundo. Dor crônica e perda de funções físicas são alguns dos sintomas que portadores da osteoartrite de joelho possuem. Atualmente, não há medicamentos ou procedimento médico que altere a progressão da doença, mas a situação pode mudar após a conclusão da pesquisa europeia.

O Brasil também vai fazer parte do estudo, com dois representantes: a geneticista Dra. Mayana Zatz e o reumatologista, Dr. Morton Scheinberg. Os dois são alguns dos maiores pesquisadores sobre os usos das células-tronco no país e são parceiros da StemCorp – banco privado de células-tronco. Os estudiosos brasileiros puderam trocar conhecimentos com um dos coordenadores da pesquisa da Universidade Nacional da Irlanda durante o II Simpósio Internacional de Osteoartrite que ocorreu este ano em São Paulo e fecharam parceria para colaborar na pesquisa.

Para a diretora científica da StemCorp, Dra. Mariane Secco, o estudo representa um grande passo para o tratamento da doença. “Independentemente de qual país em que a pesquisa é realizada, os resultados podem ser perfeitamente aplicados no Brasil. Nossa expectativa é de que em pouco tempo já possamos realizar o procedimento no Brasil, pois os estudos já estão sendo feitos em seres humanos. Ter um resultado positivo nesse caso é um grande avanço para o tratamento de problemas ósseos e de cartilagem com as células-tronco”, revela.

A primeira fase da pesquisa, que foi concluída em 2014, contou com a participação de 18 pacientes. O tratamento envolveu uma injeção de células-tronco retirada do tecido adiposo do corpo dos próprios participantes. Os resultados foram suficientes para a pesquisa seguir para a segunda fase e, com isso, estudar com mais profundidade a eficiência do tratamento. A segunda etapa da pesquisa vai selecionar, de maneira randômica, 150 pacientes de 10 hospitais na Europa.

Uma atividade importante da segunda fase da pesquisa envolve a produção de lotes de células-tronco dos próprios participantes do estudo. Esse material vai ser produzido em centros na França, Alemanha e Irlanda. A aproximação de vários países com o mesmo objetivo, vai consolidar a expertise da Europa na produção de células-tronco e ainda vai proporcionar a cooperação entre os centros de pesquisa.

A previsão é de que ainda no final deste ano a pesquisa para tratamento de osteoartrite de joelho com o uso de células-tronco seja concluída na Europa.

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