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Doação de óvulos é alternativa para casais com dificuldades em ter filhos


Regulamento do Conselho de Medicina permite que mulheres doem seus óvulos durante processo de congelamento de óvulos

A Ovodoação ou doação de gametas femininos (óvulos) é uma alternativa da Medicina Reprodutiva que possibilita aos casais alcançar a maternidade. Na técnica, os gametas femininos ou óvulos de uma mulher (doadora) são doados à outra (receptora) para serem fertilizados pelo sêmen do marido da receptora ou esperma também doado.

A técnica é indicada para mulheres que não estão mais produzindo óvulos; mulheres com idade avançada, que tiveram diminuição do seu potencial de fertilização; ou mulheres que são portadoras de genes determinantes de doenças severas.

O procedimento da ovodoação funciona da seguinte maneira: a doadora de óvulos passa por uma investigação médica, psicológica e laboratorial (exames de Sorologia, hormônios, tipagem sanguínea). “No Brasil, a ovodoação costuma ser compartilhada, ou seja, a doadora também necessita realizar fertilização in vitro, geralmente por fator masculino ou tubário, e doará metade dos seus óvulos para uma receptora. Este processo de doação é anônimo, não havendo conhecimento entre os casais”, explica o Dr. Alfonso Massaguer, ginecologista, obstetra e Diretor Clínico da Clínica Mãe.

Neste caso, a doação é feita por mulheres que estão fazendo congelamento de seus óvulos, que é uma das armas para ajudar a mulher a ter filhos com mais idade e o procedimento pode ser visto como uma poupança ou seguro futuro.

“As mulheres jovens subestimam a dor da infertilidade. Se elas soubessem o sofrimento que muitas mulheres passam no momento que se deparam com uma má qualidade de seus óvulos, realizariam mais congelamentos de óvulos”, destaca especialista.

O congelamento pode ser realizado em qualquer mulher que tenha a qualidade de seus óvulos em risco, seja por cirurgia nos ovários ou quimioterapia, mas a principal indicação são as mulheres com mais de 35 anos que adiaram sua maternidade. Após esta idade, há uma queda na quantidade e qualidade dos óvulos.

Importante no tratamento de ovodoação é deixar ambas as partes confortáveis com o tratamento: a doadora deve consentir sobre o compartilhamento dos óvulos. No caso da receptora ocorre um processo psíquico muito parecido com a adoção de uma criança. A mulher, a princípio, poderá ter uma sensação de recusa, e frustração com o fato de não poder mais gerar filhos com seus próprios óvulos. Em contrapartida o fato de gestar, amamentar, e ter todas as sensações de uma gestação se tornam único.

“Em resumo devemos sempre respeitar a decisão da doadora e receptora, conquistando o objetivo: uma gravidez saudável de ambas”, destaca a Dra. Paula Fettback, ginecologista e obstetra da Clínica Mãe.

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