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Tecnologia permite tratar uma doença nos olhos comum entre adolescentes e impedir o transplante de c

O ceratocone é uma doença caracterizada por um afinamento e um aumento na curvatura da córnea, que sofre alterações, perdendo o formato arredondado e adquirindo um formato de cone. Essa alteração que costuma ocorrer na adolescência progride até por volta dos 30 anos e leva além da progressão da Miopia e do Astigmatismo, a uma acentuada baixa da acuidade visual, fazendo com que o paciente tenha que trocar a lentes dos óculos com frequência. Os sintomas característicos do ceratocone são o desconforto visual, dor de cabeça e fotofobia.

O Dr. Renato Neves, pós-doutorado em Imunologia, Córnea e Catarata na Harvard Medical School - Massachusetts Eye and Ear Infirmary e no MIT – Massachusetts Institute of Technology, alerta as pessoas para a necessidade de um diagnóstico precoce do ceratocone, para que assim seja possível obter resultados satisfatórios.

“O ceratocone tem 4 graus evolutivos e dependendo da severidade da doença o paciente pode perder a visão, resultando na necessidade de um transplante de córnea. Mas com os tratamentos atuais é possível diagnosticar o problema com uma topografia corneana e interromper o progresso do ceratocone com um diagnóstico precoce, ajudando no tratamento”, afirma.

Com o desenvolvimento de tecnologias na área, o transplante de córnea em função do ceratocone se tornou o último recurso. Hoje é possível optar pelo implante de um anel nas córneas.

“Através do implante de anel intracorneano, também chamado Anel de Ferrara, é possível corrigir a curvatura com um fortalecimento da córnea, restaurando o seu formato arredondado. A técnica consiste na implantação de dois segmentos de arco de acrílico especial na córnea, melhorando o conforto e a visão do paciente”, explica o Dr. Renato.

Uma outra técnica para tratar a doença é o Crosslink que se vale da aplicação de um colírio para estimular novas ligações entre as moléculas de colágeno, aumentando a resistência estrutural da córnea.

“É feito um tratamento cirúrgico no crosslink, que tem como objetivo endurecer a córnea para melhorar a estabilidade. Aplicamos um colírio a base de vitamina B6 (Riboflavina), ativada através de um feixe especial de luz ultravioleta para a maior união das fibras de colágeno, estabilizando assim a evolução do ceratocone”, conclui o Dr. Renato Neves.

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