top of page

Tecnologia permite tratar uma doença nos olhos comum entre adolescentes e impedir o transplante de c

Uma em cada vinte mil pessoas é acometida pelo ceratocone

O ceratocone é uma doença caracterizada por um afinamento e um aumento na curvatura da córnea, que sofre alterações, perdendo o formato arredondado e adquirindo um formato de cone. Essa alteração que costuma ocorrer na adolescência progride até por volta dos 30 anos e leva, além da progressão da Miopia e do Astigmatismo, a uma acentuada baixa da acuidade visual.

Um das características da doença é a troca constante das lentes dos óculos por conta da progressão acelerada do grau. Além disso, outros sintomas característicos do ceratocone são o desconforto visual, dor de cabeça, fotofobia e coceira nos olhos.

Ilustração mostra a alteração da córnea provocada pela doença.

O Dr. Renato Neves, pós-doutorado em Imunologia, Córnea e Catarata na Harvard Medical School - Massachusetts Eye and Ear Infirmary e no MIT – Massachusetts Institute of Technology, alerta para a necessidade de um diagnóstico precoce do ceratocone.

“O ceratocone tem quatro graus evolutivos e dependendo da severidade da doença o paciente pode perder a visão ou entrar na fila de transplante de córnea. Com os tratamentos atuais é possível diagnosticar o problema com uma topografia corneana (exame) e interromper o progresso da doença de forma precoce ajudando no tratamento”, afirma.

Anel intracorneano implantado ajuda a corrigir a curvatura da córnea.

Com o desenvolvimento das tecnologias, o transplante de córnea tornou-se o último recurso para tratar o ceratocone. Hoje é possível optar pelo implante de um anel nas córneas, por exemplo. “Por meio do implante de anel intracorneano, também chamado Anel de Ferrara, é possível estabilizar a curvatura da região porque ele provoca um fortalecimento da córnea, restaurando o seu formato arredondado. A técnica consiste na implantação de dois segmentos de arco de acrílico especial na córnea, melhorando o conforto e a visão do paciente”, explica o Dr. Renato.

Outra técnica para tratar a doença é o Crosslink. “O Crosslink é feito um tratamento cirúrgico Aplicamos um colírio a base de vitamina B6 (Riboflavina), ativada através de um feixe especial de luz ultravioleta para a maior união das fibras de colágeno, estabilizando assim a evolução do ceratocone”, conclui o Dr. Renato Neves.

Sobre Renato Neves

Dr. Renato Neves foi um dos primeiros cirurgiões a realizar no Brasil a cirurgia de catarata com facoemulsificação em 1993. Formado pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo, concluiu também nessa instituição a sua residência, mestrado e doutorado, se especializando com um pós-doutorado em Imunologia, Córnea e Catarata na Harvard Medical School - Massachusetts Eye and Ear Infirmary e no MIT – Massachusetts Institute of Technology. É sócio fundador do Instituto da Visão da UNIFESP e da Sociedade Brasileira de Cirurgia a LASER e membro da American Academy of Ophthalmology, onde recebeu, em 2005, o Achievement Award. É também membro da International Society of Refractive Surgery e European Society of Cataract and Refractive Surgery. Autor do livro “Perguntas e Respostas Sobre Cirurgia a Laser – Miopia, Astigmatismo e Hipermetropia”, em que esclarece as principais dúvidas que as pessoas têm sobre a cirurgia a laser. É diretor da Aging Eye Institute e fundador e presidente da Fundação Eye Care desde 2001, e Diretor da nova clínica dando assistência oftalmológica gratuita a mais de 50 mil brasileiros carentes nos últimos anos.

DEU NA MÍDIA
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Arquivo
bottom of page