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Paciente conta como enfrentou o câncer sem abandonar o sonho da gravidez


Foi em 2015 que a vida de Bárbara Campos Moraes sofreu uma reviravolta. Ela foi diagnosticada com Linfoma de Hodgkin, um tipo raro de câncer que tem origem nos linfonodos (gânglios) do sistema linfático, um conjunto composto por órgãos e tecidos que produzem células responsáveis pela imunidade. Os médicos alertaram Bárbara que sua melhor chance de recuperação era receber um transplante de medula óssea, procedimento que aumenta muito as chances de esterilidade. A jovem tinha 23 anos e diante do risco de complicações durante o tratamento ficou com medo de não engravidar. "Quando eu descobri a doença e escutei a opinião de alguns médicos, pensei: não vou conseguir realizar meu sonho de ser mãe. Um sonho tão básico de uma mulher", ela conta. Foi nesse momento que Bárbara resolveu congelar seus óvulos para que no futuro, depois que estivesse totalmente curada, pudesse conquistar o tão almejado direito de ser mãe. Ela realizou o procedimento da coleta e do armazenamento dos óvulos com o Dr. Alfonso Massaguer, especialista em reprodução humana da Clínica Mãe. "O congelamento de óvulos pode ser realizado em qualquer mulher que tenha a qualidade de seus óvulos em risco, seja por cirurgia nos ovários ou quimioterapia", explica o especialista. Bárbara conta que a experiência de congelar os óvulos foi muito tranquila e que ela recomenda o procedimento para todas as mulheres que são diagnosticadas com câncer e desejam ser mãe. Dois anos depois de ter se submetido ao tratamento contra a doença ela engravidou e agora comemora a gestação que está na 14ª semana. "Eu indico o congelamento de óvulos com toda a certeza, vale muito a pena, porque o amor que você sente quando está esperando um filho não dá para mensurar. Se eu não tivesse essa oportunidade estaria muito frustrada". A história de Bárbara serve de estímulo para as mulheres que lutam contra o câncer e não querem deixar de sonhar com a maternidade. No Brasil o tipo mais frequente entre as mulheres é o câncer de mama que registra mais de 50 mil novos casos por ano. Em outubro ocorre a campanha Outubro Rosa que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e traz como símbolo um laço na cor rosa. É um momento que serve também de reflexão sobre como a mulher pode manter a fertilidade diante de tratamentos agressivos para combater doenças graves e é importante que as mulheres tenham mais informação sobre as técnicas para preservar a fertilidade, como é o caso do procedimento de congelamento de óvulos e embriões. Segundo o Dr. Alfonso, a técnica deve ser adotada não só pelas mulheres que se encontram em situação de risco mas também pelas que desejem adiar a maternidade por motivos profissionais. O especialista alerta, no entanto, que o ideal é que o procedimento seja realizado até os 35 anos. Após esta idade, segundo ele, há uma queda na quantidade e qualidade dos óvulos. Mulheres com antecedente familiar de menopausa precoce também podem se beneficiar com a técnica e é importante que elas redobrem a atenção quanto à qualidade e "força" de seus ovários. "Um checkup da fertilidade é prudente em toda mulher com mais de 30 anos. Se um risco de baixa carga ovariana for detectado, opções como o congelamento de óvulos devem ser avaliadas", conclui o Dr. Alfonso Massaguer.

Matéria publicada em: https://goo.gl/dKY5MY

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