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Manchas de pele no verão: os tipos, tratamentos e métodos de prevenção

A alta exposição da pele ao sol no verão é praticamente inevitável, ainda mais quando falamos da estação no Brasil. Para que o bronze nesta temporada seja perfeito – e saudável! – elencamos cinco tipos de manchas de pele que podem surgir após dias de praia e piscina. Com a ajuda da dermatologista Denise Steiner, criamos um guia de como prevenir e tratar a ocorrência das alterações de pigmentação. Anote: 1. Queimaduras solares

O que é: é uma queimadura na pele produzida pela superexposição à radiação ultravioleta (UV) dos raios solares. Isso costuma acontecer quando a radiação UV incidente é tão alta que excede a capacidade de proteção da melanina da pele.

Sintomas: manchas avermelhadas, bolhas, ardência e descamação. As concentrações deste pigmento variam bastante entre as pessoas, mas em geral, pessoas de pele escura têm mais melanina do que aqueles de pele mais clara. Consequentemente, a incidência de queimadura solar entre indivíduos de pele escura é menor. Hoje já é sabido que este tipo de queimadura, em longo prazo, contribui para o desenvolvimento de câncer de pele.

Tratamento: aplique hidratante simples de forma intensa e não se exponha ao sol de forma alguma. Porém, aqui vale um alerta: uma vez que a pele já sofreu a queimadura solar, nada vai reverter a ação prejudicial causada pelo sol. Todo e qualquer tratamento a ser instituído visa apenas o alívio dos sintomas. Ao contrário do que algumas propagandas divulgam, não adianta nada passar hidratantes depois de se queimar com a promessa de manter a pele bonita e saudável. O hidratante apenas trará conforto e alívio para a sensação de ressecamento. Quando houver a descamação da pele não faça esfoliação. Aplique o hidratante e aguarde a pele se regenerar.

Prevenção: use filtro solar, roupas com proteção UV, chapéus e não se exponha ao sol entre as 10h e 16h. É recomendável consultar o índice UV do local onde você irá se expor a radiação solar para determinar o nível de proteção que é necessária. Esse dado fica disponível em diversos sites que divulgam condições meteorológicas. O fator de proteção é efetivo quanto aplicado ao menos 2 μl por centímetro quadrado de pele exposta ao sol. Isto significa aproximadamente 28 ml para cobrir um corpo inteiro de um homem adulto, o que é uma quantia muito maior do que as pessoas usam na prática. O filtro solar deve ser reaplicado a cada 2 horas e deve ser aplicar de 15 a 30 minutos antes da exposição solar. Invista em roupas com fator de proteção solar. Uma vestimenta com FPU 30 bloqueia cerca de 96% os raios UV.

2. Fitofodermatose ou queimadura por cítricos

O que é: é uma reação tóxica na pele causada por alguma substância que penetra na pele e em contato com a radiação provoca uma inflamação, uma espécie de queimadura. Cuidado: alguns perfumes, cosméticos e remédios também podem causar a fitofodermatose.

Sintomas: dependendo da intensidade, pode aparecer desde bolhas, até avermelhamento e manchas escuras na pele.

Tratamentos: consulte um dermatologista para ele indicar anti-inflamatórios e hidratantes. Com o tempo as manchas tendem a sumir.

Prevenção: lave bem as mãos e braços caso tenha contato com cítricos e não use perfume ou cosméticos antes de se expor ao sol. Use filtro solar para proteger a pele.

3. Melanose solar

O que é: são manchas escuras que aparecem na pele por conta da falta de proteção adequada. Como resultado da ação solar só aparece com o passar do tempo, as melanoses solares são mais comuns em pessoas de idade. Daí o nome "mancha senil". São aquelas manchas acastanhadas.

Sintomas: o dano solar acumulado ao longo dos anos induz o aumento do número de melanócitos (célula que produz o pigmento que dá cor à pele) e estimula a atividade celular que produz mais melanina e escurece a pele de maneira disforme.

Tratamento: o tratamento pode ser feito de várias maneiras por meio de laser e luz pulsada. Os resultados costumam ser bons desde que a técnica seja empregada de forma adequada. O exagero na aplicação pode deixar manchas claras ou até mesmo cicatrizes residuais.

Prevenção: Uso de proteção solar (FPS acima de 50) nas áreas continuamente expostas ao sol, onde as manchas se manifestam. É preciso lembrar que os efeitos do sol do dia a dia danificam paulatinamente os melanócitos que, no futuro, vão sofrer alterações e dar origem às manchas.

4. Câncer da Pele (melanoma)

O que é: o câncer da pele é o tipo de tumor mais incidente na população - cerca de 25% dos cânceres do corpo humano são de pele – e ele é definido pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Qualquer célula que compõe a pele pode originar um câncer. Logo, existem diversos tipos de câncer de pele que podem ser classificados em câncer de pele não melanoma e câncer de pele melanoma. Dentre os cânceres não melanoma, há o carcinoma basocelular (CBC) que é o mais frequente e menos agressivo, e o carcinoma espinocelular ou epidermoide (CEC), mais agressivo e de crescimento mais rápido. Aproximadamente 80% dos cânceres de pele não melanoma são CBC e 20% são CEC. Já o melanoma cutâneo é o câncer mais agressivo porque pode atingir outros órgãos causando metástase.

Sintomas do melanoma: o melanoma pode ocorrer em qualquer parte da pele e eventualmente nas mucosas oral e genital. As áreas mais comuns são o dorso para os homens e os braços e pernas para as mulheres. Os primeiros sinais e sintomas de melanoma são: mudança de aparência e tamanho em uma mancha ou pinta existente; o desenvolvimento de uma nova mancha ou pinta bem pigmentada ou de aparência incomum e também coceira, comichão na área da mancha suspeita. Pintas assimétricas com bordas irregulares, de várias colorações e maiores que 0,5cm devem ser acompanhadas rotineiramente por um dermatologista.

Tratamento: o tratamento mais comum para o câncer de pele é a cirurgia para retirada do tumor. Entretanto, algumas pessoas podem não ter indicação para cirurgia como idosos com alguma comorbidade ou pessoas acamadas que tem dificuldade de locomoção. Há outras situações em que somente a cirurgia pode não ser suficiente como no caso de metástase. Nesses casos, o médico pode indicar outros tratamentos para erradicação do câncer de pele que variam conforme o tipo e o grau de evolução da doença.

Prevenção: evitar exposição solar entre às 10h e 16h, usar protetor solar todos os dias (inclusive nos nublados) e consultar o dermatologista sempre que aparecer uma mancha ou pinta nova que tenha forma assimétrica e mais de uma cor. É importante lembrar que todo o corpo deve ser protegido pelo filtro solar incluindo orelhas, dorso dos pés e topo da cabeça no caso de pessoas calvas. Chapéus, bonés, roupas com barreira solar e óculos escuros complementam a proteção. Lembramos que o filtro solar deve ser reaplicado a cada 2 horas e sempre 30 minutos antes da exposição à radiação. Além disso, as pintas assimétricas e com colorações diferentes devem ser acompanhadas continuamente pelo dermatologista para evitar que uma possível doença se agrave tornando o tratamento e prognóstico mais complicado.

5. Melasma

O que é: é caracterizado por manchas castanho-escuras na pele, sobretudo do rosto, e é mais frequente em mulheres morenas e jovens. De acordo com os pesquisadores, os impactos emocionais ativam o gene propriomelanocortrin que desequilibra o funcionamento do melanócito e, por sua vez, estimula a pele para produzir mais pigmento.

Sintomas: aparecimento de manchas castanho-escuras na pele do rosto parecidas com uma máscara

Tratamentos: - Protetor solar - o tratamento do Melasma inclui o uso de filtros solares físicos ou orgânicos associados aos protetores com pigmentos. Existem dois tipos de filtro solar: aqueles que têm moléculas que reagem com o sol e transformam a luz em calor e aqueles que formam uma barreira onde o sol bate e reflete. No caso do tratamento do melasma, o ideal é que seja utilizado um filtro físico para rebater a luz em vez de transformá-la em calor porque isso pode piorar o melasma. O pigmento associado ao filtro também é importante, pois ele protege da luz visível que é encontrada em lâmpadas e computadores e que também queimam a pele - Clareadores - é possível usar clareadores como hidroquinona, arbutin, ácido azelaico, ácido retinóico, ácido glicólico, entre outros. - Fitoterápicos e vitaminas - o Polypodium Leucotomas, que é um ativo de uma planta da Costa Rica, tems e mostrado muito eficaz em proteger a pele dos raios ultravioleta. O Polypodium Leucotomas é um agente antiinflamatório e imunomodulador que protege o dano celular e tem propriedades calmantes. Utiliza-se cerca de 4 cápsulas ao dia para tratamento do Melasma durante 3 ou 4 meses seguidos. - Ácido tranexâmico - outra novidade muito interessante. Uso por via oral que age na plasmina evitando a formação de agentes inflamatórios que estimualam o melanócito. Esta substância também é usada em injeções intradérmicas e em cremes na concentração de 3% a 5%. - Peelings e laser- a tecnologia mais indicada hoje é a ND Yag - um laser de baixa energia e pulso curto que consegue clarear as manchas por meio da fototermólise em que a luz destrói o pigmento. Os estudos mostraram que em média de 12 a 15 sessões são necessárias para um clareamento de cerca de 70%. O laser não queima a pele, ela apenas permanecerá ligeiramente rosada após a aplicação.

Prevenção: Como o Brasil é um país tropical com alta incidência solar, e o calor e a luz solar são os principais gatilhos para desencadear o melasma, o uso de filtro solar diariamente e a aplicação de forma correta (quantidade e periodicidade) são essenciais. Como o emocional também está relacionado ao aparecimento ou agravamento do melasma, além da proteção solar com filtro e chapéus, as pessoas devem manter hábitos saudáveis para o corpo e a mente. "Aparentemente, existe uma grande influência genética para o aparecimento do Melasma. Em alguns estudos epidemiológicos, a ocorrência familiar varia de 15% a 60%. Além disso, outras avaliações demonstraram que as peles mais morenas, como as das latino-americanas, são mais suscetíveis às manchas", afirma a Dra. Denise.

Texto Publicado em : goo.gl/6mdyQscontent_

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